domingo, 13 de setembro de 2009

Estou sumido, eu sei.
Estou vivo? Não sei.
Estou em férias!!! Isso eu sei!!!
Mais uma breja? Não sei...
Está gelada. Agora eu sei!!!

Desculpem o meu sumiço, porém estou curtindo as minas férias de tudo, e para lembrar que ainda estou aqui, segue algo que achei:

POEMA NACIONAL

Poderia dizer
que o poema tem pressa
e acalenta em mim
essa inquietude,
fervendo minhas tripas.

Poderia dizer
que o poema tem fome,
espetada nos olhos da balconista.

Mas o poema é pouco,
para alcançar os homens
adormecidos em seus sonhos de medo;
o poema é pouco,
contra os militares e suas armas mortais,
contra a igreja e seu deus profano,
contra os sórdidos capitalistas
e latifundiários desse meu país.

O poema é muito pouco,
mastigando essa esperança brasileira.
Jorge Lopes

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3 Comentários:

Blogger Tarcila Guedes disse...

queria estar de ferias tbm!
=\
Bom poema!!!
=D

13 de setembro de 2009 às 16:25  
Blogger Wilson Ossoguju disse...

Ô Vendell, de férias DE NOVO?! Quê isso... tomando umas geladas e coçando, né... fanfarrão...

Agora me diga Vendell, concorda que o "poema é pouco"? Acho que o poema não é pouco, ele é um "nada" que pode ser "tudo", é inútil, porém essencial. Me pareceu que no poema o autor buscava um "poema utilitário" (ou não?), quando, como diria Manoel de Barros, ele -o poema- é um "inutensílio". É... ou eu que viajei?

23 de setembro de 2009 às 18:04  
Blogger Wendell Augusto disse...

Concordo com vc meu caro nosliw, podemos dizer que o nada, para ser nada, tem que ser grandiosamente algo para ser caracterizado como nada, pois não há como medirmos o nada, logo o nada pode ser tudo. Bem lembrado...

26 de setembro de 2009 às 12:03  

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